Em meio ao caos de tantas confusões e incertezas que estamos vivendo no campo econômico, moral ou até mesmo com a possibilidade de uma nova guerra mundial, uma coisa é certa: o mundo precisa de sábios.
Existe uma frase do concílio Vaticano II em seu documento “Gaudium et Spes” (Alegria e esperança) que hoje mais parece uma profecia.
O documento em seu número 15 diz "Está ameaçado, com efeito, o destino do mundo, se não surgirem homens cheios de sabedoria.”
Nada é mais verdadeiro do que isso. E cada dia que passa vemos ainda mais a necessidade de formar sábios. Mas como se formam homens sábios?
São Tomás de Aquino no início da Suma Contra os Gentios explica que o homem sábio é aquele que contempla a Verdade e ao fazer isso, o homem aprende a ordenar todas as coisas, apontar os erros e julgar os princípios.
Seguindo Aristóteles, São Tomás demonstra que a finalidade última da vida humana é a contemplação da Verdade. Todas as instituições da sociedade, principalmente no campo da educação, devem ter como objetivo dar as condições para que todas as pessoas possam alcançar essa contemplação.
Mas antes do ser humano alcançar a contemplação da Verdade é necessário desenvolver a inteligência ao máximo. Isso só pode ser feito a partir de uma vida de virtudes, o que vai também educar a vontade.
As pessoas que são guiadas pelas paixões ficam cheias de vícios. Os vícios corrompem a inteligência e a impossibilitam de enxergar e compreender as verdades superiores sobre o mundo e sobre o próprio ser humano. Outra consequência grave dos vícios é a escravidão da vontade.
Por isso é fundamental para aqueles que querem crescer tanto na vida intelectual, quanto na espiritual, aprenderem e praticarem as virtudes cardeais: a temperança, a fortaleza, a justiça e a prudência.
*Um excelente livro para começar um estudo sobre as virtudes é “A ética das virtudes segundo São Tomás de Aquino” de Bernardo Veiga.